domingo, 14 de novembro de 2010


Esta noite começou com nada.
Tecidos de tela nus, Sombras,
Um sopro aquecido e um grito vazio.
Ouve-se o som…
Pessoas embalam-se entre ruídos.
Esses que me aproximam de ti,
Fiz algo que tu gostas sem permissão.
Eras tudo o que via!
Foi um dia longo
Dormias enquanto te observava…
Sentia a tua distância mesmo estando tu tão perto.
Caminhei para o outro fim do dia
Estendi a minha mão e sai,
Desejando te tocar mas não sentir mais,
Não te querendo mais olhar mas desejando-te até ao meu limite
Volto agora os meus olhos para o céu,
Desejando não sentir mais o que sinto
Querendo fazer fechar estas lacunas.
Pelas ruas caminho na anciã de te olhar.
Minto quando digo não sentir nada por ti.
Momento em que regressam as lembranças,
De quando era corajosa e forte
Agora juro que acabou.
Desejando-te com todas as minhas forças, não te quero mais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010


Certo, Incerto…?
Real, ou irreal?
Não sei, não quero saber….
Sorri …
Por momentos pensei que senti.
Palavras que selaram os meus pensamentos
Faziam-me olhar, só para ti!
Não queria deixar de o fazer!
Que isto??????????????

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Podemos nós ver aquilo que nao existe?
Na realidade, preenchida de labirintos indiscretos, procurei-te.
Procurei almas perdidas,
que completassem o ser que faz fervilhar o meu olhar
e que observa o meu sangue...
Entre todas essas almas que encontrei,
vi um mundo desconhecido,
vivi um mundo de fantasia...
Esse mundo... ai mundo que eu via como ouro!
Mundo que me fazia sorrir...
Ate ao dia em que acordei!
Acordei para uma tremenda dor
que embate no meu coraçao e nao me deixa respirar,
sufoca todo o meu olhar e consome-me por dentro!
Vicios!
Foram esses a matar tudo o que se assemelhava a um sentimento!
Foram estes que invadiram um dia de alegria
e o transformaram em tristeza...
Quantas almas imaginei, eu, emergidas em ti?
Quantos dias procurei um ser que não existia?
Penetrei nos meus pensamentos alegria de viver...
Mas tudo foi sugado até á ultima gota...
E agora? que me resta?


08-02-10 23:30

Pintor

Pintas as paredes da vida.
pintas sorrisos,
pintas sonhos
e tudo tão suavemente...
E o teu gesto... tão sublime...
Pintor que pintas as telas da vida
desenha-me um caminho para lá deste precipício,
nao ignores a minha alma e o que pressinto.
faz de mim a mais bela pintura
ja mais desenhada sobre o ceu,
com nuvens como tintas.
Sente e poe o sentir em mim.
Esboça palavras de sentir,
faz de mim uma criatura viva...
Pintor que acalmas almas,
aclamas a deuses!
explica-me a felicidade!!
Trilha caminhos dela na minha tela,
mas deixa que esta seja apenas pintada sobre o céu.
Onde o sofrer nao existe....

...

Escrevi-te palavras mentirosas,
Li-te frases peregrinas,
Olhei-te sem me conhecer,
Falei-te sem saber falar
mas amei-te sem saber...
Que culpa pode residir num ser humano, que sem pensar,
ama compulsivamente, mesmo nao conhecendo o amor, nem o que é senti-lo....
09-02-10

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sentimento


Quis chamar por ti e não sabia o que chamar…
Perguntei a tudo e a todos o que seria aquilo que estava á minha frente e não conseguia ver…
Apenas conseguia pressentir.
A tua sagaz atitude escondida entre os braços da vida não passa para lá dos meus olhos.
O que queria sentir já não o há mais... tudo que possa dizer, não serve! As palavras que não se dizem, já não as sinto…
A vida desliza entre os dedos tão simplesmente como se fosse um grão de areia.
A lua… é comparada ao que sinto. É linda, faz sonhar, mas está longe. Não a consigo sentir, apenas a consigo observar como se fosse a minha presa mais fácil.
Entre as nuvens carregadas de água no seu ventre, entre as gotas de suor sem medo, entre a vida… escondo aquilo que me faz sorrir e viver.
Mas onde está a minha vida e o meu sorriso?
Levaste-o contigo. Para nunca mais mo devolver…
Vieste e não ficas-te… Sentiste e não reparaste que o céu não é feito apenas de uma estrela, uma nuvem ou um corpo rochoso…
Entre as partículas mais pequenas do céu, aquelas que o constituem, há o maior… Aquilo que se acaricia com um olhar profundo e poucas vezes damos valor…
As coisas mais pequenas são por vezes as maiores coisas do mundo!
O mundo!
O que é o mundo?
Uma simples complexidade de vida? Ou uma complexidade simples de vida?
Tantas dúvidas permanecem caladas, sem ditarem o que as faz mover, sem saírem do seu lugar infinito onde nunca as vou compreender…
Entre os loucos elogios que me das cada vez mais a minha alma desvanece, como se a minha vida fosse nevoeiro que se cerra sobre o meu corpo e não te deixa ver o que de melhor há em mim…
Queria o teu sorriso sempre comigo, mas não o sei dizer, não sei como senti-lo nem como procura-lo…
Onde estás?
Porque não te consigo chamar?
Todos os dias olho pela mesma janela e vejo em mim sempre coisas distintas…
Ai uns dias exalto de alegria! Outros, escondo-me inconscientemente entre os meus medos…
Os medos que cobrem o meu sorriso, são almas que permanecem fechadas em mim, almas que encerram o meu sonhar e que não me deixam viver…
Entre todos os meus sentimentos penetram lacunas de insatisfações, e deixo de saber o que é sentir… vivo vidas de incertezas… vivo personagens irreais… vivo sonhos de fazer sonhar e vivo medos satisfeitos…
Estes medos são satisfeitos porque sabem como me parar sempre que quero dizer uma palavra, fazem deslizar por um rosto gotículas de amargura e apertam o meu coração…
Não sei sentir…
Não sei o que é sentir…
Se sentir é viver eu não vivo!
Entre as frases soltas que escrevi, vive a euforia que tenta sufocar o meu ser por espontaneidade…
Apetece-me gritar ao mundo!
Quero saber o que é sentir!
Não sinto o que escrevo, não sinto o que leio e não vivo o que sinto… por não saber o que é sentir, não sei o que faz mover a minha vontade… não olho para trás porque não reside sentimento em mim… não tenho vontade de olhar para mim mesma para não me ver consumida pelo medo….
Medo muito sagaz que me orienta para o lado em que o sentir é muito frio….
Quero sentir…

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A ironia do passado

Aquelas palavras que disse, aquele olhar que fixei, os momentos que me inspiraram… não passam de meras recordações…
Recordar não é viver quando a recordação só nos aviva para coisas que doem.
A saudade! Aquela que nos faz respirar devagar, tão silenciosamente que mal damos por nos, que nos prende tudo parecendo que não há mais amanha…
Era bonita a ‘amizade’ que tivemos um dia… mas onde esta esse dia agora? Era amizade?
Sabendo que o dia não significa agora e que agora não é necessariamente um dia, queria cingir-me apenas aos momentos que ri-mos juntas… que fizemos brincadeiras. Momentos em que não dispensávamos uma boa de uma cusquice e em que ate o simples facto de irmos comer uma pizza já era algo único!
Sempre me disseram que acima do amor está a amizade porque essa sim é preciso um verdadeiro amor para que esta viva e sobreviva….
Escolhes-te… e não era uma escolha…

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